Critérios de prioridade no Sisu: veja como as vagas são distribuídas e quem tem mais chances
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) segue um conjunto de critérios para priorizar candidatos em suas vagas reservadas. Essas regras foram criadas para promover a inclusão e corrigir desigualdades históricas no acesso ao ensino superior público.
Inicialmente, o sistema prioriza estudantes que cursaram o ensino médio em escolas localizadas em áreas rurais ou que pertencem a populações do campo. Quando ainda restam vagas disponíveis, outros grupos prioritários são considerados na seleção.
Quem são os grupos prioritários no Sisu?
Entre os grupos prioritários, destacam-se pessoas com deficiência, estudantes autodeclarados como pretos, pardos, indígenas ou quilombolas, além daqueles que têm renda familiar de até um salário mínimo por pessoa. Esses candidatos têm prioridade para ocupar as vagas reservadas.
Mesmo as vagas que sobrarem continuam destinadas a esses mesmos grupos, reforçando os princípios das ações afirmativas. Essa redistribuição busca garantir que as oportunidades cheguem a quem mais precisa.
Distribuição das vagas remanescentes
Se as vagas reservadas não forem totalmente preenchidas pelos grupos prioritários, elas são redistribuídas. O critério de prioridade começa com estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas, que têm preferência inicial no preenchimento das vagas.
Na sequência, as vagas podem ser oferecidas a pessoas com deficiência. Apenas se ainda restarem vagas, estas passam para a ampla concorrência, permitindo que candidatos de outros perfis participem da seleção.
Diferença entre o Sisu e o vestibular tradicional
O Sisu utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção, eliminando a necessidade de múltiplas provas. Isso torna o processo mais acessível e simplificado para estudantes de todo o país.
Enquanto o vestibular tradicional exige que os candidatos realizem provas específicas para cada instituição, o Sisu centraliza as inscrições, permitindo a escolha de cursos em diferentes universidades públicas com uma única nota.

Autonomia das instituições e proteção de dados
As instituições de ensino superior têm total autonomia para verificar a documentação apresentada pelos candidatos aprovados. Cabe a cada universidade avaliar se os estudantes atendem aos critérios das vagas reservadas.
Além disso, os candidatos devem autorizar o uso de suas notas do Enem e das informações do questionário socioeconômico. Esse processo segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade e segurança das informações fornecidas.
Bonificação na nota do Enem
Para aumentar a competitividade de determinados grupos nas vagas de ampla concorrência, o Sisu oferece a possibilidade de aplicar uma bonificação na nota do Enem. Essa medida tem como objetivo equilibrar as chances de ingresso, especialmente em cursos mais disputados.
No entanto, cada candidato pode escolher apenas uma ação afirmativa do tipo bônus, evitando a duplicidade de benefícios. Isso mantém a seleção justa e transparente, valorizando o mérito aliado à inclusão social.
Como funciona o processo de seleção no Sisu?
O Sisu é um sistema eletrônico gerido pelo Ministério da Educação (MEC), que organiza as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior em todo o Brasil. Ele classifica os candidatos com base na média obtida no Enem.
Os candidatos são selecionados até o limite das vagas disponíveis, conforme o curso escolhido e a modalidade de concorrência. Além disso, o sistema considera os critérios socioeconômicos previstos na Lei de Cotas para direcionar as vagas reservadas.