Bolsonaro critica pedidos de novas parcelas do Auxílio Emergencial

O presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido político) voltou a falar sobre a possibilidade de pagar novas parcelas do Auxílio Emergencial em sua transmissão ao vivo da última quinta-feira, dia 27 de maio de 2021.

Em sua live tradicional que é feita todas as semanas por meio do seu perfil oficial na rede social Facebook, o atual chefe do Poder Executivo fez uma crítica às pessoas que pedem por novas parcelas do Auxílio Emergencial neste ano de 2021. E sem fazer uma citação específica a alguém, o presidente afirmou que o Governo Federal não tem condições de pagar parcelas maiores do benefício emergencial.

Nas palavras do presidente Jair Bolsonaro: “Se você aí acha que o Governo pode se endividar, para dar recurso para você, vai lá no banco pegar um empréstimo. Se você não conseguir pagar o empréstimo do banco, pega do agiota, pega do parente. Você vai ver a dificuldade não só para conseguir, mas para pagar também”. A declaração foi dada durante a sua transmissão ao vivo no Facebook.

Além disso, o presidente Bolsonaro ainda disse que se o Governo Federal tivesse gastado um valor maior nos pagamentos das parcelas do Auxílio Emergencial, o Brasil estaria em uma situação de crise econômica ainda pior.

Nesse sentido, de acordo com as palavras do presidente, o Palácio do Planalto conseguiu “evitar a destruição de vários empregos formais com suas atitudes”.

Bolsonaro volta a criticar prefeitos e governadores em live no Facebook

Também na live do Facebook, o presidente voltou a criticar os prefeitos e os governadores pelas atitudes que eles tem tomado no enfrentamento à pandemia do novo vírus.

De acordo com Bolsonaro, os líderes regionais – fazendo referência aos prefeitos e aos governadores – não podem decretar o fechamento dos serviços nos municípios e nos estados neste momento. E a declaração do presidente segue na contramão das recomendações que vem sendo dadas pelas autoridades de saúde do mundo todo no sentido de combater a onda de contágios e óbitos pelo novo vírus.

Ainda na live, o presidente Bolsonaro soltou uma frase que repercutiu bastante após o fim da transmissão. Nas palavras dele: “Um candidato ladrão que diz que vai dar R$ 600 reais de auxílio quando ele for presidente. Então, por que não deu lá atrás?”.

Auxílio Emergencial 2021 e a Aprovação do Presidente

Outro fato que também tem gerado uma certa tensão nos bastidores do Palácio do Planalto é o fato de que o presidente Jair Bolsonaro não está vivendo o seu melhor momento em termos de apoio popular. De fato, no que diz respeito à opinião pública, Bolsonaro tem um desafio a enfrentar. Ao menos, é isso o que relevam as principais pesquisas de opinião que foram divulgadas recentemente pelos institutos.

De acordo com o instituto Poder Data, por exemplo, a reprovação do atual presidente dentro do grupo das pessoas que estão recebendo o Auxílio Emergencial neste ano de 2021 é de 62%. Um recorde.

Em outras palavras, é possível que seja justamente o valor mais baixo do Auxílio Emergencial neste ano que tenha gerado uma maior impressão negativa desta parte da população em relação ao presidente. Afinal, a rejeição ao presidente dentre os beneficiários do auxílio emergencial tem crescido consideravelmente nas pesquisas de opinião mais recentes.

Portanto, este é um cenário que é muito diferente do contexto que esteve presente no ano passado. Afinal, no ano de 2020, o presidente Bolsonaro chegou a atingir recordes nos seus índices de aprovação. Uma aprovação que, de certa forma, foi diretamente influenciada pelos pagamentos do Auxílio Emergencial, cujas parcelas em 2020 foram de R$ 600 reais cada uma, uma diferença considerável quando se observa a média de R$ 250 reais que está sendo paga atualmente.

Apesar disso, as chances de que o valor das parcelas do Auxílio Emergencial aumente são praticamente inexistentes. Pois de acordo com o ministro Paulo Guedes (Economia), o país não pode gastar um valor maior do que já está sendo gasto no presente momento com os pagamentos do Auxílio Emergencial, o que corresponde a um montante total de R$ 44 bilhões de reais, um valor que foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês de março deste ano.

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